sábado, 14 de agosto de 2010

Você fala pouco...


Eis o que dizem sobre mim, seria devido a minha timidez? ou minha antipatia pela pessoa ou assunto? Uma mistura de tudo talvez, e nem sequer pensam nisso. Falar de coisas fúteis é que deve ser legal, se fossemos falar de coisas úteis apenas, não haveria graça. Mas, fútil depende do ponto de vista, há quem goste de falar sobre os outros e isto inclui suas vidas pessoais, algo em que caímos constantemente, seja falando de celebridades ou dos vizinhos; basta a pessoa(ou sua vida) despertar interesse em alguém que logo estará em sua boca. Não, eu não considero errado, com tanto que a elogie ou faça uma crítica, ou até uma brincadeira, mas o que ouço(e o que a maioria fala) não é bem isto. Elas gostam de dizer o quanto uma pessoa é bonita(sem ao menos conhece-la), ou o quanto uma pessoa é feia (isso de acordo com o padrão que ela determinou, e considera que todos pensem da mesma forma) o problema: todos iram pensar da mesma forma, mas, por quê?

A sociedades impõe isto, direto e indiretamente; tvs, colegas, amigos, familiares. Gostaria eu de saber, se uma criança que nunca ouviu alguém dizer que as pessoas são feias ou bonitas, saberia destinguir? Se destinguimos, é porque comparamos com algo ou alguém, ou com alguma ideia. Tudo bem, não é só isto que elas falam sobre as outras, comentam suas vidas, seus módos, seus talentos, suas falhas(entenda "falhas", como algo considerado errado também por elas), e de alguma forma - quando comentam - parecem estar com a razão. Um assunto que talvez não tenha fim - claro, se a pessoa souber da vida dos outros, o que certamente é uma informação valiosa, para rirem, chorarem, ou simplesmente encadiar um novo assunto, muito útil, não? Criticar os outros em sua ausência é divertido, dizer a ela isto é raro(pois pode causar confusões, ou fazer com que ela enxergue isto). Elogiar os outros é pouco comum, elogiar em sua presença é mais incomum ainda, a maioria das vezes acontece em ocasiões especiais(uma apresentação, aniverssário) vindo de brinde - talvez - o cinísmo junto com a hipocrisia.

Termino então com estas frases: "Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado" - trecho de "O menestrel" Shakespeare, e "Falar sem parar, não significa necessariamente se comunicar" - dito no filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças"

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