domingo, 20 de fevereiro de 2011

Fantasy of love - O Desconhecido

Ele lia os livros. Tirava muito de seus conceitos sobre a vida deles e dos desenhos.

- Como assim? Você vive achando que é um desenho animado?

- Sim. - ele respondera - Ela também parece um jogo de video-game, e até um filme!

- Não acha que é meio grandinho para pensar desse jeito?

- Tem pessoas que crêem viver num pesadelo, outras, que vivem um sonho. Pessoas que dizem que vivem no inferno, e pessoas que dizem que não vivem... Qual é a diferença? - sua ingenuidade parecia assusta-lá, mas seu argumento era muito bom.

- Ah! Mas isso não é sério, são só modos de dizer.

- Mas basta uma coisa da errado para elas dizerem isso, não é? Imagino que seja muito mais fácil: dizer que perdi e recomeçar, assim como num jogo, do que dizer que meu "sonho" virou um "pesadelo", e mudar ou se conformar com a idéia. Assim como você mesmo disse, são só maneiras diferentes de expressar como vivemos e consideramos a vida...

E foi com essa lembrança e a ultimas palavras do livro, que ele o fechou. Ergueu-se de onde estava, disposto a fazer o mesmo que o personagem principal havia vívido. Seguiu até o balcão da loja de sapatos.

- Bom dia, a senhorita Queiroz, trabalha aqui? - até o jeito como o doutor conversava no livro com seus pacientes ele havia copiado.

- A senhorita o que? - a moça não conhecia o sobre-nome das pessoas que trabalhavam junto com ela. E ele percebeu isso.

- Cristina Queiroz.

- Sim, sim. Mas ela ainda não chegou, se quiser, chamo outra pessoa para lhe atender...

- Não é necessário - ele interrompe - Só entregue este livro a ela e este bilhete, está certo?

- Tudo bem. - "Nem pra comprar um tênis" resmungava internamente.

- Tenha um bom dia, madame.

- Bom dia... -  A moça ficara impressionada com a elegância e educação que o moço apresentava. - Não pode ser real... - ela pensara.
 Logo quando sua colega chegou, ela entregou o presente do senhor e contou-lhe seus respectivos atributos.

- Não faço a miníma idéia de quem seja - Cristina dizia enquanto sua amiga tagarelava dizendo que ela tinha um namorado. Ela então pegou o bilhete e leu em voz alta, praticamente obrigada por sua querida coleguinha inxirida.

"Senhorita Cristina, 
espero que goste do presente. 
pag. 152"

- Não tem nenhuma assinatura? - o que era uma suposição, agora havia se confirmado: isso era muito estranho.

- Um admirador secreto? - Amy ficou animada com a idéia.

- Não sei. Em pleno século XXI? Isso parece coisa de pscicopata...

- A para de falar besteira! Você contou que ai tem um numero de uma pagina... 

- É verdade. 152.

- Ora! Abra essa página e vamos ver o quanto psicopata esse cara é! - Enquanto Amy brincava, Cristina ficava mais aborrecida.

-Esta bem, esta bem. - passou a atravessar as páginas e parou na 152. Havia uma frase que precedia um capítulo.

"Você quer jogar algo? Que tal brincar com emoções e sentimentos? Vamos! Há um mundo a ser descoberto, você só precisa de um guia."

Se antes era estranho, agora passou a ser bizarro.

- Hum, isso tá me cheirando a conquista no ar.

- Não enche Amy. Já te disse, isso está com cara de psicopata. Acho que vou avisar a polícia.

- A Cris tem um admirador secréto, A Cris tem um admirador secréto... - A essa hora, mais duas garotas já sabiam o que estava acontecendo.

- Dá pra parar por favor.

- Cris, você acha que um psicopata te daria um livro? Ah! faça me o favor, né? Para de imaginar coisas, e continua lendo.

- Acabou... só tinha isso.

- Xii, acho que ele se esqueceu de colocar onde vocês poderiam se encontrar.

- De qualquer jeito, eu não iria mesmo. Agora vou resolver de sair com estranhos por ai? Nem pensar.

E assim termina a algazarra para Cristina e suas amigas. Mas mau sabia ela que aquilo era um começo de algo que ela jamais se esqueceria.

_________________________________________________________________________________


Fantasy of Love - Capítulo 1: O Desconhecido






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Relacionados:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...