domingo, 20 de fevereiro de 2011

Fantasy of love - Surpresas

Um fantasma que assombra uma pessoa. Era esse o papel que ele iria fazer, porém, com um detalhe diferente.
Havia lido livros, várias pesquisas e artigos sobre a arte da conquista. Sobre o que as mulheres gostam, o que desejam, o que precisam. Mas não era só isso. Ele não só conhecia a mulher, como os homens também. E sabia que o efeito que seu presente iria causar não era agradável.

- Sim. Pois os pais ensinam as crianças a nunca andar com estranhos. - Ele sorriu e continuou vendo a revista que estava em suas mãos. Algumas pessoas passavam por ele e achavam esquisito  "Um homem lendo horóscopo?"

Muitos pensavam que ele era homossexual ou algo do tipo. Ele encarava as pessoas por debaixo dos óculos escuros. Olhares tortos e desconfiados que jamais imaginariam que a revista era apenas uma isca.

- Eu me divirto muito com as pessoas preconceituosas. - Observando as reações delas sem que elas soubessem, o mesmo quando uma mulher atraente passa por um homem. As vezes ele se perguntava "Será que eles não sentem dor de tanto virar a cabeça?".

- Criaturas que vivem no ciu. - Ele ria  vendo aquele monte de caras virando o pescoço, esbugalhando os olhos e limitados a simplesmente olhar. Como se tivessem uma coleira invisível.

Contudo, hoje era diferente. Há alguns minutos Cristina iria passar ali naquela praça. E era ela que ele estava esperando. A escolhida.

Porque escolheu ela?. O motivo era simples e claro...

Quando Cristina passou por ele, apenas olhou de relance e prosseguiu.

- Ela é diferente. Não foi corrompida pela malícia. - E havia passado de mais um teste que ele fez. - Sua expressão foi normal, não me julgou por eu estar com uma revista cujo publico alvo é as meninas.

Levantou e saiu correndo por um atalho que saia na frente dela. Guardou a revista, tirou o óculos e guardou o casaco. Seu volume diminuiu relativamente.

Vindo de encontro a direção dela. Já havia planejado tudo, antes mesmo do teste.

Os dois se chocaram, e a bolsa que ela levava caiu. Segurou-a antes que caísse, depois pegou e devolveu a bolsa.

- Desculpe, senhorita. Eu estava distraído.

- Não foi nada.

Cumprimentou ela e se despediu. Atrás dela, um moço com um belo sorriso estampado no rosto admirava a cena.

"Você não olha por onde anda?", "Era só o que me faltava!", "Você é cego, é?" E outras frases mais pesadas e comuns que ele ouviu muito quando fazia isso para analisar o comportamento das pessoas para uma pesquisa do seu TCC de psicologia, rondavam sua mente. "Não foi nada", isso demonstrava respeito pelos outros, já que alguns não aceitavam nem a desculpa. Por hoje ele já estava cheio de surpresas, pra ela ainda havia uma.

No momento que abriu o armário um bilhete caiu. Olhou para os lados para certificar que não havia ninguém e leu.
"Gostei muito de ter te encontrado,
espero nos vermos novamente.
Pag. 52"

Ficou espantada. "Ele deve estar louco ou me confundiu com outra pessoa...", achava. Mas algo instigava ela. Os números da pagina do livro.

Como não estava com ele no serviço, teve de segurar sua curiosidade até em casa. Quando enfim chegou, retirou o livro da prateleira e buscou pela página, que agora continha um parte sublinhada. 

"As vezes, as respostas para nossas perguntas estão mais perto do que parece e onde menos esperamos"

"O que isso quer dizer?", parecia uma espécie de charada. "Seja lá o que for, não vou ficar quebrando minha cabeça por isso!".

Resolveu ir tomar banho, foi buscar o novo creme que havia comprado na bolsa.

- Meu Deus!

Havia outro bilhete em sua bolsa ao qual ela pegou com as mãos tremendo de medo.

Enquanto isso, o homem misterioso ficara orgulhoso de sua engenhosidade.

- Atravessar o balcão e colar um bilhete através da entrada de ar do armário não foi nada difícil, quando se é um estagiário interessado em saber como é a organização do estoque de uma empresa e fica com vontade de ir ao banheiro. Entretanto, guardar um bilhete na bolsa da moça havia sido o "toque de mestre".

Uma coisa Cristina já havia descobrido: estava sendo perseguida. Quer dizer, isso era o que ela achava. Mas ele a estava observando e testando. O ultimo recado porém deixava as coisas mais clara para Cris.

"Tê-la por um momento em meus braços foi muito bom, mas ver seu olhar de assustada foi maravilhoso."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Relacionados:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...