terça-feira, 26 de abril de 2011

É tudo real...

- Você está inventando isso!

- Meu coração pulsa quando ouve frases como aquelas saindo dos teus lábios, que um dia almejo toca-los.

- Você está exagerando.

- Se há uma coisa que detesto são hipérboles, a menos que seja para fazer humor. Não invento e não minto.

- Como assim, e tudo o que vc escreve ou desenha? suas histórias? Não são invenções?

- Não, são apenas mistura de tudo o que já vi e ouvi. Não consigo inventar...

- E as frases e os poemas?

- Como eu disse, eu só narro aquilo que vejo, aquilo que sinto. É por isso que as vezes sai tão fácil quando vem inspiração. Eu fiz um juramento...

- E dai?

- Mais valioso que uma promessa e mais leal do que qualquer outro possa ser.

- E sobre o que é?

- Um juramento pelo mais nóbres dos sentimentos, pois motivo maior não há de existir.

- E o que você deve cumprir?

- Ser um guerreiro dele. Me tornar uma pessoa melhor perante todos e ele. Seguir o exemplo de seu mais puro filho que já pisou na terra. Um cavaleiro sobre sua fé adquire um corpo mais forte, uma armadura mais resistente, uma mente mais tranquila; não teme os desafios, procura sempre ajudar aqueles que necessitam de ajuda em batalha e que estão desprotegidos, que ainda não possuem armadura.

- E você? Não recebe ajuda de ninguém?

- Recebo. A dele, e de guerreiros que já se foram, de meu mestre que me guia dos olhos dele. Apesar que as vezes gostaria de ter alguém para trocarmos experiência, fujir um pouco das batalhas... Não que não seja divertido lutar, na verdade, quando se consegue um bom resultado é uma grande satisfação. É como disse, as vezes parece que estou lutando sozinho, mas sei que há guerreiros espalhados por ai, muito melhores do que eu. E isso acaba me enfraquecendo...Você precisa ver, quando eu encontrei um anel... queria usa-lo como se substituísse essa companhia. Algo em que eu pudesse dar atenção e que estivesse comigo. As vezes chegava a carregá-lo comigo sem usar na mão. O mais legal, é que eu sentia de certa forma, com aquele anel, que não estava sozinho quando o procurava no bolso. As vezes o ficava admirando e viajando os pensamentos. E mesmo ele não se encaixando muito bem na minha mão eu ainda o guardava. Foi uma atração inexplicável.

- Está doido, deve estar tendo alucinações...

- Não, é verdade. Era uma relíquia pra mim, mesmo estando com uma parte da tintura desbotada. E parecia um anel feminino, pois tinha um formato de uma rosa e uns pequenos caules com folhas. Eu tive três anéis na minha vida: o primeiro foi um mistério, o segundo uma cobiça e o terceiro uma paixão. Pensava que possuindo, poderia ter mais sorte no amor. Que poderia até dar-lo para alguém que veria a se interessar por mim, como uma profecia. Um conto de fadas: onde um objeto encantado traria a princesa pra quem eu deveria da-lo. Até cheguei a dormir com ele. Se me lembro bem, cheguei a ver uma pessoa com uma pulseira com o mesmo símbolo do anel. Meu irmão e minha familia queriam joga-lo fora e eu pedia para deixar.

- Conte-me sobre o primeiro...

- Eu achei, se bem me lembro, com o meu pai. Em um dos postes da linha do trem, no canto com um amontoado de pedras encima. Ele tinha o símbolo do ing e yang. Eu  não pude ficar com ele por muito tempo. Mas foi muita estranha a localização do anel e o seu símbolo, e eu nem conhecia o seu significado. Achei que fosse algo relacionado ao jogo Mortal Kombat que meus irmãos jogavam. Enfim... Você ainda não acredita em mim?

-...

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